Um estudo da Ernst & Young sobre o setor de energias renováveis aponta para um cenário de incerteza nos mercados desenvolvidos, especialmente na zona do euro, em função das dificuldades financeiras. Os mercados emergentes, por sua vez, terão um cenário mais positivo, graças aos investimentos na instalação de programas de segurança energética.
Segundo a empresa de auditoria e assessoria, a crise da dívida soberana ainda limita os investimentos em energia renovável na Europa, juntamente com a diminuição de expectativa dos governos para o setor.
Ao mesmo tempo, a escassez de capital e o aumento da concorrência da Ásia continuarão a pressionar os mercados desenvolvidos, o que poderá levar a um processo de consolidação, principalmente nos setores de energias eólica e solar, além de maior integração vertical, com possíveis fusões e aquisições de fabricantes de equipamentos para buscar rotas mais inovadoras para o mercado.
O estudo também traz um ranking, com base em pontuações medidas em 40 países, comparando os mercados de energia renovável, sua infraestrutura e adequação às tecnologias mais avançadas.
O Brasil se manteve em décimo lugar, e a Alemanha, em terceiro, devido à continuidade do financiamento das energias renováveis, para substituir a energia gerada pelas usinas nucleares – que devem ser desligadas até 2022 – no país europeu. O mercado de energia solar alemão expandiu-se em 2011, com mais de 7GW instalados. No topo da lista, à frente da Alemanha, estão China e Estados Unidos, nesta ordem.
O documento apontou ainda o Oriente Médio e o Norte da África como regiões com potencial de expansão rápida, nos quais há a expectativa de que a abundância de energia solar e eólica atraia uma quantidade significativa de investimentos no curto e no médio prazo, especialmente em mercados politicamente estáveis.