Brasil e Alemanha negociam agenda climática


Paralelamente às reuniões da 17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU (COP-17), representantes de indústrias brasileiras e alemãs se reuniram em Durban, na África do Sul, com o objetivo de estabelecer diretrizes conjuntas para o setor industrial na agenda de mudanças climáticas.



No encontro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua equivalente alemã, a Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI), estabeleceram uma parceria que deverá atuar a partir da Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, programada para junho de 2012, no Rio de Janeiro.



Além disso, a cooperação será estendida também para as futuras COPs, cuja 18ª edição será em Doha, no Qatar.



“Existem pontos importantes da agenda do clima que às vezes os negociadores dos nossos países não conseguem acompanhar. Por isso, é importante o setor empresarial preencher essas lacunas", afirmou o vice-presidente da BDI, Stefan Mair.



Um dos temas discutidos na reunião, que contou também com a presença do Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), foi o direito à propriedade intelectual. Representantes da CNI e BDI consideram o enfraquecimento deste direito um dos fatores que desmotiva as empresas na hora de investir na criação e na captação de novas tecnologias nas negociações de mudanças climáticas.



Além de promover a união do setor empresarial na área de mudanças climáticas e na mitigação de gases do efeito estufa, os representantes da indústria alemã também propuseram que as instituições envolvidas trabalhem para fortalecer a integração das agências de pesquisa e desenvolvimento dos dois países e incentivem a pesquisa privada.



 “Queremos colocar os engenheiros alemães junto com os brasileiros para melhorarmos a pesquisa em hidroeletricidade e transferência de tecnologia nessa área”,disse Thomas Kraneis, da German Association of Consulting Engineers (VBI).



 



 

SXC
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