Foi oficializada durante a Rio+20 a doação de € 8,5 milhões pelo governo alemão para o projeto Cerrado Jalapão – € 2,5 milhões para cooperação técnica, por meio da agência de cooperação alemã GIZ, e outros € 6 milhões para cooperação financeira, por meio do banco alemão KfW. O montante será gerenciado pela Caixa Econômica Federal, que executará a parte financeira do projeto, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Os recursos serão investidos no aprimoramento da gestão das unidades de conservação que compõem a região do Jalapão, no Tocantins. Entre as prioridades estão a prevenção e o combate aos incêndios, a capacitação dos agricultores locais para a substituição do uso do fogo na agricultura e manejo de pastagens, além da formação de brigadas de combate às queimadas.
Com o dinheiro doado também serão desenvolvidos dois sistemas: um de monitoramento de áreas queimadas, e outro, de detecção do desmatamento em tempo real, similar ao que existe hoje para a Amazônia (DETER). Eles serão desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com o Instituto Chico Mendes (ICMBio).
O projeto foi aprovado na Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima 2011 do Ministério Federal do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e da Segurança Nuclear da Alemanha (BMU).
Amazônia também conquista recursos
Igualmente na Rio+20, foi assinado um acordo multilateral para a captação de US$ 250 milhões, até 2019, e outros US$ 35 milhões nos anos seguintes, com o objetivo de expandir e consolidar o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que já atua em 15% da região.
O Arpa é responsável pelo apoio a 95 unidades de conservação no bioma, que protegem 58 milhões de hectares. "São 22 milhões de pessoas que vivem na Amazônia e que esperam um padrão de vida melhor. Não com prédios e ar condicionado, mas com saúde, educação e com preservação ambiental”, enfatiza o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti.
O documento foi firmado pelo MMA, Banco Mundial, WWF-Brasil, governo alemão, Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundação Gordon and Betty Moore e a empresa Linden Trust for Conservation.