A crise econômica não afetou a expansão da energia eólica do mundo. De acordo com o relatório divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council), a capacidade global instalada cresceu 31% em 2009, passando de 120, 8 GW para 157,9 GW.Boa parte desse incremento se deve à China, responsável por um terço do resultado. O país dobrou sua capacidade instalada pelo terceiro ano seguido.
Os Estados Unidos vieram com a segunda maior contribuição, de 9,9 GW, e seguem como o país com maior capacidade de energia eólica no mundo, com 35 GW. A Europa instalou 10,5 GW no ano passado, liderados por Espanha (2,5 GW) e Alemanha (1,9 GW). “Mais uma vez, os dados confirmam que o poder eólico, junto com outras tecnologias renováveis, está proporcionando a redução do carbono ao mesmo tempo em que cria uma atividade econômica com novos trabalhos para os cidadãos europeus”, comenta o CEO da Associação Europeia de Energia Eólica, Christian Kjaer.
O Brasil, que havia fechado 2008 com 400 MW instalados, conta atualmente com 660 MW de capacidade instalada. A conclusão das usinas contratadas pelo Programa Nacional de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) e o impulso dado pelo primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009, devem elevar este número a 3 mil MW em 2012.
Além de beneficiar ao meio ambiente, a energia limpa vinda dos ventos tornou-se um negócio rentável. O mercado global de turbinas eólicas movimentou cerca de US$ 64 bilhões no ano passado e, segundo estimativa do GWEC, já emprega meio milhão de pessoas.
