As emissões de dióxido de carbono provindas de fontes energéticas alcançaram em 2010 o nível mais alto da história, crescendo 5% em relação ao ápice anterior, de 2008. A informação foi divulgada pela Agência Internacional de Energia (AIE), nesta segunda-feira (30).
Os resultados demonstram dúvida quanto ao cumprimento da meta de limitar o aumento global das temperaturas médias em 2ºC, acordada no ano passado em conferência da ONU sobre mudanças climáticas, realizada em Cancun.
A AIE ainda alertou que, caso as emissões de 2011 se igualem ao aumento do ano passado, o limite previsto para que não haja consequências climáticas irreversíveis, será ultrapassado.
“Dado o pequeno espaço de manobra até 2020, a menos que decisões arrojadas sejam tomadas será muito difícil conseguir alcançar a meta acertada em Cancun”, afirmou Faith Birol, economista-chefe da AIE.
Estimativas da Agência também dão conta de que 80% das emissões projetadas para 2020 já estão comprometidas, pois vêm de usinas concluídas ou em construção.
Cerca de 40% das emissões totais no ano passado foram lançadas por países desenvolvidos, no entanto, contabilizaram apenas 25% do crescimento global no ano passado. Os países que mais registraram aumento foram os considerados em desenvolvimento como China e Índia, devido ao seu acelerado crescimento econômico.