Nesta segunda-feira (14), a Chanceler Angela Merkel anunciou, ao lado do Ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, o cancelamento da prorrogação de funcionamento das usinas nucleares do país, que havia sido anunciado em 2010. Com isso, as três usinas mais antigas do país, a Biblis A, a AKW Neckarwestheim I e a Isar 1, devem ser imediatamente fechadas e ficarão assim por três meses. O plano inicial do Governo previa que todas as usinas deixassem de funcionar até 2022, mas Merkel havia prolongado este prazo por mais cerca de 15 anos.
A Chanceler declarou que, durante os próximos meses, estudos serão realizados para confirmar a segurança e a possibilidade de funcionamento das outras 15 usinas nucleares do país.
Já Westewelle considera que esse tempo será importante para que o país analise a possibilidade de novas instalações de usinas com energia renovável.
Segundo ela, o acidente nuclear ocorrido no Japão, em consequência de um terremoto e do Tsunami que se seguiu, ensinaram que ainda existem muitos riscos na utilização da energia nuclear. Ela ainda completou que em uma situação de dúvida, a segurança da população é sua prioridade.
Alguns veículos de notícia alemães como o Frankfurter Allgemeine Zeitung e o Focus Online também levam em conta as razões políticas desta reação governamental. Eles consideram a realização de eleições estaduais nas próximas semanas um dos fatores importantes que desencadearam a suspensão, já que nos últimos dias protestos contra a energia nucelar foram realizados no país, reunindo em Stuttgard, no último sábado (12), 60 mil pessoas.