O Brasil é o 4º maior produtor mundial de celulose, com mais de 14 mil toneladas produzidas em 2010, e o 10º maior quando se trata de papel, com quase 9 mil toneladas no mesmo período. O País conta com 222 empresas do setor em 18 estados, responsáveis por 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para fins industriais, dos quais 2 milhões são certificados.
Um panorama resumido do segmento de celulose e papel foi apresentado pelo chefe técnico comercial da área de Peróxido de Hidrogênio da Evonik, César Leporini, durante a Ecogerma, nesta quarta-feira (27). Uma das principais conferências de sustentabilidade do País, a Ecogerma é promovida pela Câmara de Comércio Brasil Alemanha (AHK, na sigla em alemão), e vai até a quinta-feira (28), em São Paulo.
A Evonik, empresa de origem alemã presente no Brasil desde 1953, fornece soluções químicas para o setor de celulose e papel, dentre as quais o Peróxido de Hidrogênio, utilizado em processos como o branqueamento da celulose e de polpas mecânicas.
Durante a apresentação, Leporini ressaltou alguns dos avanços da cadeia produtiva em direção à sustentabilidade: “100% da celulose e do papel produzidos no País provêm de florestas plantadas, e a base florestal brasileira contribuiu com um estoque de 1,3 bilhão de toneladas de CO2 equivalente, o que se equipara à metade das emissões do Brasil em 2005”.
Também é importante a queda no consumo de água pela indústria da celulose nos últimos 20 anos: de 50 m3/tonelada para 20 m3/tonelada.
Dentre as tendências do setor destacadas por Leporini estão o desenvolvimento de uma árvore transgênica, que deverá permitir múltiplos usos da madeira; a minimização da concepção do eucalipto como monocultura (com o acréscimo de outras culturas intermediárias); o desenvolvimento de tecnologias limpas para a produção de químicos usados na cadeia produtiva; e a padronização do consumo de água e do tratamento de efluentes entre as empresas do segmento, na busca por uma eficiência cada vez maior nesses quesitos.
