A Exposição Internacional da Construção, que aconteceu em Hamburgo, Alemanha, em abril, contou com o lançamento do BIQ House, um prédio experimental abastecido por uma nova fonte energética: pequenas algas marinhas instaladas na fachada do prédio.
As microalgas são cultivadas em bioreatores de vidro em forma de telas de 2,5m x 0,7m que garantem proteção solar, isolamento térmico e redução sonora. São 129 reatores instalados nos lados sudeste e sudoeste do prédio de quatro andares. O coração do sistema é o centro automático de gerenciamento de energia, no qual são armazenados o calor solar e as algas em circuito fechado, que geram energia por meio de processos bioquímicos.
Esse sistema, conhecido como “SolarLeaf”, é o resultado de um projeto de três anos estudado e desenvolvido pela Colt International, baseado em um conceito de biorreator desenvolvido pela SSC Ltd. e com o design liderado pela Arup, empresa de engenharia e design. O projeto foi financiado pela iniciativa de pesquisa do governo alemão, a “ZukunftBau”.
“Agora nós veremos como a fachada de biorreatores opera em situação real. É um teste para a tecnologia, mas também representa um grande passo adiante. Se nós conseguirmos mostrar que a biofachada de microalgas pode realmente se firmar como uma fonte viável de energia sustentável, nós poderemos transformar o ambiente urbano e proporcionar uma nova fonte de inspiração aos arquitetos”, afirma Jan Wurm, líder da Arup em Europe Research.