TAM faz seu primeiro voo com biocombustível

A companhia aérea brasileira TAM realizou seu primeiro voo experimental com biocombustível. Na última semana, o Airbus320, da frota nacional da companhia, saiu do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro e sobrevoou o Oceano Atlântico por 45 minutos usando como combustível o óleo de pinhão manso, uma biomassa vegetal brasileira.


A bordo da aeronave, que tem capacidade para transportar até 174 passageiros, estavam dois pilotos e outros 18 passageiros, entre técnicos e executivos da TAM e da Airbus.


Para o voo experimental, a organização comprou pinhão do Norte, Sudoeste e do Centro-Oeste do País. Do material, a companhia mandou produzir o óleo semi-refinado que foi enviado para a UOP, uma empresa do grupo Honeywell, nos Estados Unidos. A empresa americana foi responsável por converter o óleo de pinhão manso em bioquerosene para ser utilizado na aeronave.


De acordo com Libano Barroso, presidente da TAM Airlines, o voo experimental foi a concretização dos planos da companhia de desenvolver uma cadeia de produção de combustível a partir de biomassa.


“O objetivo é construir uma plataforma brasileira para bioquerosene sustentável”, declara Barroso.


A companhia brasileira informou que o próximo passo do projeto é instalar uma unidade de plantio de pinhão manso no Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos, interior de São Paulo.


“O objetivo dessa unidade será a condução de estudos de viabilidade técnica e econômica para o início da implantação de uma cadeia de valor integrada no Brasil, com o intuito de produzir biocombustível à base de óleo de pinhão manso, desde a produção de matéria-prima até a distribuição do bioquerosene”, diz o executivo.

Charin de Silva
Charin de Silva