Atender às demandas de mobilidade da migração urbana em massa, especialmente nas economias emergentes, com eficiência energética é o desafio atual enfrentado pela indústria de elevadores. Para enfrentá-lo, a thyssenkrupp investe no desenvolvimento de novas tecnologias que reduzam o consumo de energia, além de ampliar a capacidade de tráfego, gerar energia para os edifícios, encurtar distâncias e dar aos arquitetos liberdade para criar projetos inovadores.
“A necessidade de uma urbanização sustentável é algo que não podemos mais ignorar, e o debate gira em torno de como fazer edifícios altos operarem de forma mais inteligente, minimizando o consumo e reduzindo a estrutura da energia urbana”, afirmou Andreas Schierenbeck, CEO da thyssenkrupp Elevator.
O executivo apresentou recentemente, para o mercado brasileiro, as soluções inovadoras que a companhia lançou e que estão revolucionando o setor, com foco no desenvolvimento das chamadas cidades inteligentes, com impacto na melhoria da mobilidade urbana e na eficiência energética dos edifícios. “Com uma série de benefícios claros e tangíveis, as soluções para elevadores energeticamente eficientes estão no centro do debate para o desenvolvimento de cidades verdadeiramente sustentáveis. O momento para integrar esses sistemas em edifícios é agora. Os produtos já existem. O desafio é acelerar o processo de integração para atualizar o parque imobiliário”, enfatizou Schierenbeck.
Segundo a companhia, até 2030 o consumo de energia nas cidades brasileiras crescerá mais rápido do que o aumento da população. Até essa data, a população urbana atingirá 22 milhões de pessoas, um aumento de 12%, mas o consumo de eletricidade nos edifícios crescerá 33% até 2030, alcançando 410 TWh, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Este quadro é significativo para o Brasil, pois apesar de ter uma das matrizes energéticas mais verdes em todo o mundo (impulsionada pela alta participação de energia hidroelétrica), o país vem registrando aumento de preços de eletricidade, devido à adição de outras fontes de energia, como petróleo e gás, após um longo período de estiagem, com secas severas em 2014.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), os edifícios estão no centro do debate sobre eficiência energética, e em 2030 serão responsáveis por 31% do consumo total de energia, acima dos segmentos da indústria (30%) e dos transportes (28%). Nas cidades, a situação gira em torno de como fazer edifícios mais inteligentes. Os elevadores estão entre os equipamentos que mais consomem energia, até 10% do total, e são, portanto, elementos-chave para melhorar a eficiência energética urbana.
Inovações para as necessidades de hoje e de amanhã das cidades
Em média, as novas tecnologias de elevadores podem economizar até 27% de energia quando comparadas com soluções convencionais, e reduzir o pico de potência elétrica necessária pela metade. De acordo com as diretrizes de eficiência energética para elevadores estabelecidas pela Associação de Engenheiros Alemães em 2009 (VDI 4707), as configurações mais eficientes podem economizar até 70% do consumo em um prédio.
No Brasil, o Eldorado Business Tower, prédio de escritórios em São Paulo, é uma das referências de eficiência energética com o sistema regenerativo aplicado a elevadores. Medições feitas pela empresa registraram uma economia de 2194,55 kWh por mês com cada elevador, o que equivale a 35% de economia no consumo de energia.
Dependendo do tamanho do edifício, a área ocupada por elevadores varia entre 25% e 50% do espaço do prédio. A partir de novas tecnologias é possível reduzir esse espaço em até 30%. O MULTI, primeiro elevador sem cabos do mundo, é uma delas. Ele permite o deslocamento de várias cabinas num mesmo poço nos sentidos vertical e horizontal, aumentando as capacidades de transporte e eficiência em 50%, além de reduzir a área e o consumo de energia nos edifícios. O MULTI também possibilita projetos arquitetônicos com alturas, formas e objetivos nunca antes imaginados. Ou seja, o projeto não ficará mais limitado pela altura ou alinhamento do poço do elevador, abrindo novas possibilidades aos arquitetos.
Segundo a empresa, a aplicação desta tecnologia também poderá impactar na infraestrutura das estações de metrô, como melhorar a capacidade de transporte, criar novas conexões entre as plataformas, linhas, estações e outras formas de transporte, além de abrir níveis de acesso às estações que hoje não existem. A tecnologia levaria a outras aplicações potenciais, como por exemplo, conexões diretas d0 elevador das estações subterrâneas a outras estações próximas, a shopping centers, aos terminais de ônibus ou até mesmo ao topo de arranha-céus.
Ainda inédito no Brasil, o TWIN é atualmente a solução mais inteligente para novos projetos ou construções que tenham sofrido um aumento de tráfego. São dois elevadores que operam independentemente no mesmo poço, com menor consumo de energia (média de 27%) e maior capacidade, podendo transportar até 40% mais passageiros que um elevador convencional. Como exige um espaço menor, o TWIN também amplia a área útil do empreendimento, proporcionando aos arquitetos mais liberdade e espaço para criar. Os elevadores com esta tecnologia já estão em operação ou foram encomendados para mais de 40 prédios de altura média e arranha-céus em todo o mundo, em países como os Estad os Unidos, Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido, Espanha, Rússia, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, China e Coreia.
Para a mobilidade urbana, a thyssenkrupp desenvolveu ACCEL, um sistema exclusivo de esteiras rolantes, que oferece alta capacidade de transporte com velocidade para distâncias curtas de até 1,5 km, que pode reduzir o impacto em investimentos elevados, demorados e que atrasam a solução dos problemas de tráfego das grandes cidades. Com ele, os passageiros vão ganhar tempo durante sua locomoção pelas cidades e as empresas vão ter outra opção, além da construção de novas estações, para interligar distâncias curtas.
Foto: Divulgação thyssenkrupp