Um destino sustentável para a casca de arroz

A Pirahy Alimentos, de São Borja, fronteira oeste do Rio Grande do Sul, irá fornecer 3,5 mil toneladas de casca de arroz por mês para a Usina Termelétrica São Borja, com 12,3 MW de potência, a partir de julho. O volume de casca a ser fornecido para a termelétrica representa 65% do que é produzido na indústria e outros 20% são consumidos nos seus processos internos – fornalhas e caldeiras.


O excedente constitui margem de segurança, tendo a usina preferência na sua aquisição. A termelétrica será a primeira usina a partir da biomassa operada pela multinacional francesa Dalkia no Brasil. O investimento é do fundo alemão MPC Bionergie Brasilien GmbH & Co. KG.


Atualmente, a casca excedente ao consumo interno da Pirahy Alimentos é descartada via incorporação ao solo ou mediante depósito temporário – para futura incorporação ao solo – em local específico. A indústria, segundo Chesman Carvalho, diretor comercial da empresa, apostou no projeto pela sua importância ambiental. “É nossa convicção que o meio ambiente e os recursos naturais não devem ser intocáveis, pois sua finalidade é servir ao homem”, diz Carvalho. “Porém temos consciência de que sua utilização deve se processar de forma sustentável para que possa, assim, continuar a servir ao homem no futuro.”


Panorama


Criada em 1975, pelos sócios Celso Paulino Rigo e José Renan Toniazzo, a Pirahy Alimentos tem a marca de arroz Prato Fino e beneficia cerca de 320 mil toneladas de arroz com casca/ano. Emprega 500 funcionários e atua, em especial, nas regiões sul e sudeste do Brasil, atendendo desde as principais redes de supermercados, atacadistas, cozinhas industriais e o varejo em geral.

SXC
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