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21 de março de 2025

Vice-Presidente Geraldo Alckmin se reúne com a Câmara Brasil-Alemanha para aprofundar Acordos bilaterais e discutir perspectivas

Por Redação Brasil-Alemanha News

Foto: AHK São Paulo/ Ruy Hizatugu/ Heberty Costa/ Marcio Murao

Com o objetivo de aprofundar os debates sobre temáticas relevantes para a comunidade empresarial alemã no Brasil, a Câmara Brasil Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) recebeu nesta sexta-feira (21) Geraldo Alckmin, Vice-Presidente do Brasil e Ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para mais uma edição do AHK Business Lunch.

O encontro contou com mais de 80 representantes de empresas associadas à Câmara e foi mediado pela jornalista e apresentadora Letícia Vidica. Paulo Alvarenga, Presidente da AHK São Paulo e CEO da thyssenkrupp South America, abriu o evento reforçando os tópicos em pauta com o Governo brasileiro “Agradecemos o Vice-Presidente pela abertura em discutir assuntos importantes para o empresariado alemão no Brasil. Hoje aprofundamos os debates acerca do Acordo entre a União Europeia e o Mercosul, do Acordo para Evitar a Dupla Tributação entre o Brasil e a Alemanha; o Brasil como País Parceiro na edição 2026 da feira de tecnologia industrial HANNOVER MESSE, assim como o programa Nova Indústria Brasil e a atuação da indústria alemã.”

Em sua fala, Martina Hackelberg, Cônsul-Geral da Alemanha em São Paulo, relembrou a longa relação entre os países. “Brasil e Alemanha compartilham uma trajetória de cooperação baseada na confiança. Essa relação se traduz diariamente em novas oportunidades para ambos os lados”, afirmou. Recentemente a Alemanha anunciou um novo investimento no valor de 500 bilhões de euros para incentivar o crescimento econômico, modernizar sua infraestrutura e aumentar suas capacidades de defesa. A expectativa é de que estes investimentos ultrapassem as fronteiras alemãs. “A União Europeia está em busca da aceleração da digitalização, desenvolvimento sustentável e estabelecimento novas parcerias”, reforçou a Cônsul-Geral Hackeberg, pontuando a importância da parceria Brasil-Alemanha no cenário global, resultando em oportunidades de comércio, sustentabilidade e inovação.

O Vice-Presidente do Brasil Geraldo Alckmin pontuou o papel de destaque que as empresas alemãs ocupam no cenário de competitividade e modernização da indústria brasileira. “Ano passado, a média de crescimento da indústria automotiva no mundo foi de 2%. No Brasil, esse crescimento foi de 9,7%.”, afirmou. Segundo o Vice-Presidente, entre o conjunto de medidas que já foram tomadas para melhorar a competitividade, a Reforma Tributária desponta como a mais importante, “já que o problema tributário brasileiro é um enorme custo ao País.”

Neste contexto, Alckmin também destacou o enorme potencial de protagonismo brasileiro em segurança energética e descarbonização, áreas essenciais e nas quais a Alemanha busca parceiros estratégicos. “Cerca de 90% da nossa energia elétrica já é renovável. O Brasil é o campeão do combustível limpo. Ninguém tem 27% de etanol na gasolina, apenas o Brasil”, declarou.

 

A pauta central do discurso, contudo, foram os Acordos entre União Europeia e Mercosul e o Acordo para Evitar a Bitributação entre Brasil e Alemanha (ADT).

A celebração de um novo Acordo para Evitar a Dupla Tributação pode proporcionar um impulso importante para o aprofundamento das relações econômicas, para a criação de novos investimentos e a cooperação, bem como para a criação de segurança jurídica para empresas e investidores.

A ausência de um ADT entre Brasil e Alemanha é uma exceção dentro do padrão de acordos firmados com o continente europeu. O Brasil mantém acordos com, por exemplo, Áustria, Noruega, Suíça, França, Espanha, entre outros. Já na América Latina, a Alemanha mantém ADTs com Uruguai, Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia, Costa Rica e Jamaica.

“Precisamos aproveitar nossas vantagens competitivas para fazer complementaridade econômica. O comércio Brasil-Alemanha movimenta 20 bilhões de dólares, sendo a Alemanha o quarto maior investidor do Brasil.”

O Vice-Presidente assumiu um compromisso de convencimento com os Ministérios da Fazenda e a Receita sobre a relevância do tema e seus impactos na atração de investimentos. “Saio daqui com uma tarefa: o Acordo de não bitributação. Com o acordo, não há perda de arrecadação e teremos grandes futuros relevantes com investimentos.”

Foto: AHK São Paulo/ Ruy Hizatugu/ Heberty Costa/ Marcio Murao

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