Em meio às comemorações do Dia Internacional da Mulher, a PwC divulgou esta semana os resultados da pesquisa Women in Work Index 2021. O objetivo do estudo é expor os impactos da pandemia do Coronavírus sobre as mulheres no mercado de trabalho. A pesquisa foi desenvolvida pela Strategy&, braço de consultoria estratégica da empresa.
Os dados coletados mostraram que a crise causada pela COVID-19 teve influência negativa neste cenário. Antes da pandemia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estava avançando gradualmente para promover a igualdade de gênero no trabalho. Contudo, o desemprego aumentou e as mulheres foram as mais afetadas nesse cenário.
Um dos motivos que justificam esse fato é o aumento da carga desigual de trabalho doméstico e de cuidados não remunerados realizado pelas mulheres. Quanto mais tempo as mulheres exercem uma carga elevada de cuidados, maior a probabilidade de deixarem o mercado de trabalho permanentemente, não apenas revertendo o progresso em direção à igualdade de gênero, mas também retardando o crescimento econômico.
De acordo com o estudo, se nada for feito para enfrentar diretamente o impacto da pandemia sobre as mulheres ou combater as desigualdades de gênero pré-existentes na área de cuidados com dependentes, mais mulheres deixarão de compor a força de trabalho permanentemente. O dano pode levar anos para ser reparado. A análise concluiu que, mesmo dobrando a taxa de progressão histórica, a OCDE não alcançará a mesma trajetória de crescimento da igualdade de gênero pré-pandemia até 2030.
A pesquisa também divulgou dados relativos às vantagens econômicas que a inclusão das mulheres no mercado de trabalho poderia trazer. O aumento das taxas de emprego feminino em toda a OCDE poderia elevar o Produto Interno Bruto (PIB) da OCDE em 6 trilhões de dólares, enquanto a redução da disparidade salarial de gênero poderia aumentar o PIB em 2 trilhões de dólares.
Por fim, a PwC divulgou os países que apresentam melhor desempenho no Women in Work Index. Islândia e Suécia mantiveram o primeiro e segundo lugar, respectivamente, enquanto a Nova Zelândia ficou em terceiro lugar no ranking.