O mundo tem dez anos para reduzir pela metade as emissões globais de gases de efeito estufa e conseguir zerar as emissões líquidas até 2050. Tendo isso em vista, a PwC divulgou o relatório The State of Climate Tech 2020, que mostra como soluções de tecnologia climática vitais para viabilizar essa transformação vêm atraindo o interesse crescente dos investidores. No estudo, a empresa analisa também como os investidores estão gerando impacto climático e retornos comerciais com essa categoria de ativos emergentes, ajudando a manter a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a menos de 1,5 grau Celsius3.
O mercado de tecnologia climática é uma categoria de ativos que amadurece rapidamente, oferecendo aos investidores grandes retornos financeiros e uma imensa oportunidade de impacto ambiental e social. A tecnologia climática foi muito além de uma prova de conceito. A pesquisa detecta novos investidores entrando no mercado a cada ano. Embora a área apresente uma grande oportunidade comercial devido ao valor associado à redução de emissões, ainda há muito trabalho a ser feito para canalizar o investimento de forma adequada.
Após o rápido crescimento entre 2013 e 2018, o investimento em tecnologia climática estabilizou entre 2018 e 2020, assim como o mercado mais amplo de capital de risco/private equity, impactado por tendências macroeconômicas e a pandemia global de COVID-19. No entanto, o investimento em tecnologia climática se recuperou fortemente no primeiro semestre de 2021, beneficiando-se do capital latente voltado, sobretudo, para iniciativas ESG.
A PwC identificou mais de seis mil investidores que atuam especificamente com capital de risco, private equity, capitais de risco corporativos, fundos governamentais ou como investidores anjos e filantropos. Juntos, eles financiaram mais de três mil startups de tecnologia climática entre 2013 e o primeiro semestre de 2021, cobrindo quase nove mil rodadas de financiamento.
Cerca de 2.500 investidores se mantiveram ativos no segundo semestre de 2020 e no primeiro semestre de 2021, participando de cerca de 1.400 rodadas de financiamento, em comparação com 1.600 nos 12 meses anteriores. O aumento indica que há uma competição crescente por negócios de tecnologia climática, à medida que a comunidade de investimentos mais ampla se familiariza com a oportunidade de explorar essa opção como uma categoria de ativos.
“A tecnologia não é a resposta, é a ampliação da intenção; e a tecnologia climática por si só não é a solução final, mas um recurso que vem surgindo rapidamente como um mecanismo fundamental para inverter a curva de emissões e nos colocar de volta no caminho do 1,5 grau” afirmou Leo Johnson, Sócio da PwC do Reino Unido.