Os 1.000 ativos industriais com maior intensidade de CO2 do mundo pertencem a 406 empresas e, juntos, emitem cerca de 8 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) anualmente. Se estes ativos fossem totalmente descarbonizados, seria possível alcançar cerca de um terço da redução de emissões necessária até 2030 para atingir o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Dependendo da tecnologia adotada, o custo para isso totalizaria entre 7,5 biliões e 10,5 bilhões de dólares. Estas são as conclusões do estudo “Plano Global de Reestruturação de Carbono”, para o qual os especialistas da Roland Berger analisaram os 1.000 ativos mais intensivos em CO2 do mundo e identificaram opções para descarbonizá-los juntamente com os custos envolvidos.
Diversas soluções tecnológicas podem ser utilizadas para descarbonizar os ativos. Estas vão desde a mudança para energias renováveis, energia nuclear ou gás natural até à adopção da captura e armazenamento de carbono (CCS). Os custos da descarbonização completa variam, dependendo da solução de descarbonização selecionada. A energia nuclear e a CCS são as opções mais caras, custando cerca de 10,5 bilhões de dólares cada, durante o período de 2025 a 2050. Seguem-se o gás, com 10,3 bilhões de dólares. As energias renováveis são a solução mais barata, custando 7,5 bilhões de dólares. Repartidos ao longo de 26 anos, os custos anuais ascenderiam a 0,3 a 0,4 bilhões de dólares. Em comparação, isto equivaleria a menos de 20% do total mundial de despesas em investigação e desenvolvimento (I&D) (2,3 bilhões de dólares) em 2021.
O compromisso de mudar para a produção verde varia por setor e por região. Apenas 11% das empresas de energia identificadas no estudo já estão abrangidas por planos de descarbonização. A Europa mostra o maior progresso, com metade das suas empresas de energia analisadas tendo planos em vigor. Este é o caso de pouco menos de um terço (29%) das empresas nos Estados Unidos.
O estudo completo pode ser encontrado aqui.