Na última quinta-feira (13), a Diretoria da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) se reuniu no escritório da PwC para discutir a crescente demanda por sistemas digitais e a importância da proteção contra ameaças cibernéticas para empresas.
Durante o encontro, os Diretores da instituição puderam tirar suas dúvidas sobre como a inteligência artificial generativa pode ser implementada como ferramenta de defesa cibernética.
Recebendo os participantes, Geovani Fagunde, Sócio da PwC Brasil e membro da Diretoria da AHK São Paulo, reforçou a importância do engajamento do C-level às pautas de cibersegurança. “Como gestores locais no Brasil, temos a responsabilidade de conhecer o tema. Isso é essencial para saber fazer as perguntas certas e poder cobrar corretamente nossas equipes, tendo sempre conhecimento do nível de risco que corremos”, afirmou.
Para ele, um dos principais desafios em relação ao tema é a ideia de que os investimentos em segurança digital não precisam ser contínuos. Em sua fala, Fagunde frisou que a crescente sofisticação técnica dos grupos de hackers exige uma preocupação constante com a atualização dos sistemas de segurança, em todos os níveis da organização.
“Não há como falar de cibersegurança sem antes falar sobre transformação digital, como um todo. Isso porque, nesse processo de digitalização, desenvolveu-se um conceito de ‘primeiro a inovação, depois a segurança’. Quando, na verdade, sabemos que a segurança precisa estar no epicentro do negócio”, reforçou Rafael Cortes, Sócio de Cibersegurança e Privacidade na PwC Brasil.
Defendendo que o desenvolvimento de produtos, serviços e soluções de uma empresa precisam ser pensados já levando em consideração todos os preceitos de segurança, Cortes completou que, quando a alta liderança entende suas responsabilidades diante de um incidente de ataque cibernético, a inclusão da segurança nos pilares estratégicos ocorre de maneira orgânica. “É importante sair do nível reativo para ir ao nível preditivo de ataques. Isso tem um impacto enorme na forma como fazemos negócios”, disse.
Larissa Escobar, Sócia de Cibersegurança e Privacidade na PwC Brasil, corroborou, completando que a inteligência artificial generativa, por exemplo, pode ser um grande alavancador de negócios, mas que não pode ser aplicada se a cibersegurança não fizer antes parte das pautas de Conselho.
Compartilhando dados da pesquisa Global Digital Trust Insights 2024 da PwC, os Sócios mostraram que há um espaço considerável para melhorias na segurança cibernética.
No estudo, foram entrevistados 3.876 executivos de negócios, tecnologia e cibersegurança das maiores empresas do mundo – 30% delas com receitas de US$ 10 bilhões ou mais.
Quase 70% dos participantes da pesquisa afirmaram que usarão inteligência artificial generativa para defesa cibernéticas nos próximos 12 meses e 47% já estão usando este tipo de aplicação para detecção e mitigação de riscos cibernéticos.
O levantamento indicou ainda quais são os principais riscos cibernéticos nos próximos 3 meses. As ameaças relacionadas à nuvem lideraram o ranking, com 47%, seguida por ataques a dispositivos conectados (42%) e operações combinadas de ataque e vazamento de dados, os chamados hack-and-leak (37%).
Os resultados da pesquisa podem ser conferidos na íntegra aqui.
Após a discussão, os participantes da reunião puderam realizar uma visita virtual ao Cybersecurity Control Center Brazil da PwC. Localizado em Barueri (SP), o centro reúne as operações da empresa de mapeamento de ameaças globais e monitoramento de clientes em tempo real.