Após um longo período marcado pelo desemprego, o mercado de trabalho alemão vive finalmente um “boom”. Graças à retomada da economia, a Alemanha registrou, no último trimestre de 2010, o menor número de desempregados dos últimos 18 anos. Agora o país enfrenta um novo problema: a falta profissionais qualificados para preencher as vagas disponíveis.
Para evitar que a escassez de mão-de-obra leve a um problema estrutural e prejudique a economia, a Agência Federal do Trabalho da Alemanha criou um plano para atrair cerca de 6 milhões de profissionais a mais para o mercado de trabalho até 2025.
O projeto, divulgado pela organização recentemente, está centrado principalmente na qualificação da mão-de-obra e na promoção da integração das mulheres e idosos.
Plano de ação
Para garantir que os jovens profissionais estejam mais bem preparados para preencher as vagas disponíveis, a Agência pretende, em um prazo de 15 anos, reduzir pela metade a evasão nos colégios, escolas técnicas e universidades, que hoje é de 10%. Oferecer auxílio extra a alunos com dificuldades de aprendizado e tornar as aulas mais práticas poderia significar 1 milhão a mais de pessoas formadas até 2025.
O país também pretende empregar mais mulheres em tempo integral. Muitas delas trabalham apenas meio-período, mas poderiam dispor de algumas horas a mais por dia. Além disso, os trabalhadores devem manter seus postos por mais tempo. Com o aumento da idade da aposentadoria para 67 anos, o mercado deixará de perder cerca de 930 mil pessoas.
No plano ainda constam a contratação de até 800 mil estrangeiros, o aumento do número de horas extras, o incentivo à qualificação continuada e a revisão dos sistemas de impostos e taxas empregatícias.