Empresas bávaras lucram com a Copa do Mundo

 

Do ponto de vista esportivo, a Baviera tem grande influência sobre a seleção de futebol da Alemanha: quase metade dos jogadores são precedentes do FC Bayern (time de futebol da capital Munique). Por outro lado, a Copa do Mundo também representa um fator econômico importante para o estado – diversas empresas bávaras lucram com o mega evento no Brasil.  

A Stecher, fabricante de assentos de estádio da região da Francônia, por exemplo, forneceu cerca de 200.000 cadeiras às arenas brasileiras. “Equipamos quatro dos doze estádios da Copa, além de um Centro de Treinamento”, afirma um porta-voz da empresa.  

O telhado do famoso Maracanã, que foi reabilitado por causa do evento de futebol, é um projeto da companhia Hightex da Alta Baviera, especializada na construção de membranas. Além da cobertura do estádio carioca, a empresa foi responsável pelo planejamento e pela instalação dos telhados de mais três estádios brasileiros.   

Fortes demandas (totalizando mais de €1 bilhão) atraíram o Grupo Siemens para o País. A companhia oferece soluções em infraestrutura no Brasil – na área de Transportes, Fornecimento de Energia, Meio Ambiente, Saúde e Segurança, sendo que a Eficiência Energética está em primeiro plano, de acordo com a empresa.  

O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, segundo a Siemens, é o primeiro estádio de futebol no mundo na categoria “Platinum” do LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (sistema internacional para a certificação e orientação ambiental para edificações): com as 10.000 células fotovoltaicas do telhado, o estádio consegue suprir 50% das suas necessidades energéticas.  

Outras empresas bávaras como a MAN, Allianz, Liebherr e Pfeifer também fazem negócios com a Copa do Mundo FIFA 2014. Martin Langewellpott, Representante do Estado da Baviera no Brasil afirma que, ao todo, são aproximadamente 15 companhias do estado que lidam com demandas no contexto do evento mundial de futebol. A Representação bávara apoia empresas bávaras no Brasil na entrada do mercado brasileiro.  

Burocracia brasileira  
Também é verdade que o Brasil se encontra em uma posição de “mercado do futuro”, independentemente da Copa do Mundo, embora a economia local tenha crescido de forma mais lenta. O País também é visto como a sétima economia do mundo.   

De acordo com a agência internacional de consultoria A. T. Kearney, o Brasil está entre os cincos mercados mais atrativos para o investimento. Hoje, são cerca de 550 empresas bávaras que tem uma filial no País e, todo ano, são mais 25 novas investidoras. 

A Câmara de Comércio e Indústria de Munique, no entanto, sugere que o mercado brasileiro também tem suas armadilhas: isto inclui, além da burocracia complexa, o sistema fiscal (com mais de 60 diferenças regionais): declarações fiscais incorretas podem sair caras, as penalidades por erros fiscais são consideráveis.  

Porém, isso não impediu a Agência de Eventos Rosenheimer Proske de tentar expandir o seu engajamento na economia brasileira – eles esperam se beneficiar também das Olimpíadas de 2016, após a Copa do Mundo. “Esperamos muito desse País louco por futebol e entusiasmados com o esporte”, diz Bernd Proske, gerente da Agência. 

Para mais informações acesse: http://www.bayern.com.br

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