As pequenas e médias empresas brasileiras passam a contar com um apoio importante para geração de inovação. Foi inaugurada nesta terça-feira (14) em São Paulo a unidade brasileira do Centro Alemão de Inovação e Ciência (DWIH na sigla em alemão). A unidade abrigará representações de 11 institutos de pesquisa e universidades daquele país, interessadas em estabelecer programas de intercâmbio científico, acadêmico e de fomento à inovação com institutos brasileiros e também com empresas.
Na prática, o novo centro servirá como catalisador de intercâmbio entre os dois países, não só entre instituições de pesquisa, mas principalmente entre pequenas e médias empresas. "As grandes organizações já contam com estruturas próprias para fomento à inovação. A ideia é que com o centro as pequenas e médias também possam participar desse processo, num relacionamento direto com a academia”, explica Weber Porto, presidente da Câmara Brasil-Alemanha (AHK, na sigla em alemão), entidade que apoia a implantação do centro no Brasil.
A cerimônia de inauguração do DWIH-São Paulo foi comandada pelo Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, que visita o Brasil até quarta-feira. Westerwelle destacou que inovação tem se tornado tema crucial na agenda Brasil-Alemanha e destaca o novo Centro como um passo importante na discussão bilateral. “É cada vez mais importante a criação de redes de inovação, como as que existem no Centro Alemão de Inovação e Ciência e que conectam a academia, o mundo político e econômico”, disse.
O ministro alemão também destacou os avanços na cooperação bilateral na área de ciência e tecnologia, citando a criação do programa Ciência sem Fronteiras, que prevê a concessão de 10 mil bolsas de estudos (10% do total) a acadêmicos brasileiros em universidades alemãs, e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (EMBRAPI), que contará com o apoio do Instituto Fraunhofer, referência mundial em pesquisa tecnológica, para gerar inovação e prover suporte às pequenas empresas brasileiras.
“As grandes inovações do mundo foram geradas por pequenas organizações, que têm uma participação importantíssima na economia, em especial, na da Alemanha”, afirmou. O país europeu é um dos poucos do mundo que conseguiu desenvolver um modelo de fomento à inovação que inclui estas empresas. Este modelo gerou, por exemplo, algumas das tecnologias de segurança usadas nos estádios das Copas de 2010 e 2006 e também as tecnologias que tornam grandes cidades do mundo cada vez mais inteligentes e sustentáveis.
Iniciativa dos Ministérios das Relações Exteriores e de Educação, Ciência e Tecnologia da Alemanha, o Centro Alemão de Inovação e Ciência está presente também nas cidades de Moscou, Nova Déli, Tóquio e Nova Iorque, com a mesma proposta de facilitar o intercâmbio acadêmico entre instituições alemãs e locais. A filial brasileira está localizada à Rua Verbo Divino, 1488, zona sul da capital paulista.
Para saber mais sobre o centro e conhecer as instituições representadas por ele acesse: www.dihk.com.br.
