Brose aposta em mudança de mindset para acelerar transformação digital

Foto: Max Forte, CEO Brose / Divulgação.

Empresa possui um planejamento sólido de ações para o contexto pós-pandemia

Uma das maiores fornecedoras do setor automotivo, a Brose, empresa associada à AHK, consolida as suas estratégias com foco na retomada da economia. “Já passamos da fase de preparação. Agora estamos no diagnóstico das alterações estruturais  que manteremos, quais são relevantes para o nosso futuro e quais foram os grandes aprendizados da crise”, afirma o CEO Max Forte, que é também conselheiro da Câmara.

De acordo com o executivo, além de um comitê instalado desde o dia 16 de março para a discussão diária de assuntos pertinentes à pandemia, a indústria desenvolveu seu próprio modelo de gestão de crise, baseado nas melhores práticas do mercado. Hoje, cerca de 85% dos funcionários já retornaram para as atividades na fábrica, que registrou poucos casos de trabalhadores afastados pela Covid-19, nenhum contaminado no local de trabalho. “Em todas as crises as pessoas ficam com medo de perder o emprego; desta vez, o medo é de perder a vida. Ainda sinto que não temos o nível de motivação tradicionais e que o clima poderia ser melhor. Esse é um desafio que a gente vai vencer, mas que ainda é um obstáculo do país inteiro”, afirma.

Transformação digital

Nos últimos três anos, a Brose deu início a um processo de inovação bastante acelerado, conduzido pela área de Recursos Humanos, responsável pela mudança de mindset das equipes. “Já tínhamos uma frente de digitalização forte, não apenas na questão da comunicação digital, mas também na automação dos processos. No caso da indústria 4.0, concluímos que o importante é a questão humana, que é a sociedade 5.0. Você não vai fazer a transformação da indústria 4.0 sem transformar a cabeça das pessoas. Com tudo isso que aconteceu, estamos mais abertos à mudança, mais preparados. Temos que entender que o mundo está mudando cada vez mais rápido”, afirma.

Pesquisas recentes indicam que o setor automobilístico foi bastante impactado pela retração dos negócios – segundo Forte, esse índice pode chegar a 35%. Para minimizar o abalo no faturamento, a meta da produtora é priorizar iniciativas de redução de custos em detrimento a outros projetos. “Neste mês de agosto, estamos num ritmo, curiosamente, bastante intenso de produção. A Brose é uma empresa totalmente sólida e transmitimos uma segurança muito grande para os nossos clientes, inclusive conseguimos angariar contatos a mais por conta dessa segurança. Não acho que exista só perdedores na crise, ela dá uma grande chacoalhada em todo mundo e quem se mexer sai na frente”, finaliza.