Crianças e adolescentes imigrantes recebem aulas virtuais do idioma
Desde novembro, crianças e adolescentes venezuelanos, em situação de refúgio em Manaus, participam do projeto “Língua, cultura e tecnologia na promoção da cidadania e no combate à Covid-19: acolhimento de venezuelanos refugiados”. A iniciativa é uma parceria entre a Aldeias Infantis SOS Brasil, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
São promovidas aulas virtuais com o objetivo de aproximar os participantes da língua portuguesa e da cultura brasileira e venezuelana, além de informá-los sobre a prevenção contra a COVID-19. As temáticas abordadas são diversas, como música, literatura, costumes e crenças do Brasil, com especial atenção à cultura amazonense. As aulas ocorrem duas vezes por semana, e o projeto terá duração até fevereiro de 2021.
As atividades atendem crianças e adolescentes venezuelanos, migrantes e/ou em situação de refúgio, acolhidos em abrigos institucionais, que são alfabetizados, e que ainda não estão matriculados na rede municipal de ensino.
“Este é um projeto de suma importância para essa população, uma vez que o idioma é fundamental para a participação no contexto social onde vivem. A Aldeias Infantis trabalha com essa comunidade desde janeiro, em Manaus e Belém. A parceria com a UFAM, UNICEF e SEMED, é uma oportunidade para desenvolver este projeto”, frisou o Coordenador Pedagógico da ONG, em Manaus, Neilson Eduardo.
Os irmãos Dionny, 12, e Rudilia Borjas, 17, estão no Brasil há um ano e participam do projeto. “Eu aprendi muito, principalmente, sobre as prevenções relacionadas ao vírus e pretendo compartilhar com minha família”, explica Dionny.
Já Rudila garante que ela e o irmão estarão presentes nos próximos encontros, já que apreciaram a maneira como as aulas são disponibilizadas. “Na escola, eu gosto de Português, e essa oportunidade vai nos ajudar a conhecer mais sobre a língua. Gostamos também do uso do tablet e da internet, pois facilitou na interação com os professores”, garante Rudilia.