Colégio Humboldt: como funciona estudar diversos idiomas em uma escola multilíngue

Foto: Divulgação Colégio Humboldt

A proficiência nos idiomas ganha cada vez mais importância na formação do jovem, que precisa atender às exigências para ingresso em universidades nacionais e internacionais, programas de estágio no exterior ou vagas profissionais aqui ou em outros países. É um setor que ganha força no Brasil, com uma estimativa de aumento de 10% de unidades bilíngues num período de cinco anos, de acordo com a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI).

Em uma escola multilíngue, aprender outros idiomas vai muito além de estudar um novo vocabulário: a imersão é feita nas disciplinas do currículo tradicional brasileiro. É o caso do Colégio Humboldt, referência de escola internacional alemã no Brasil, localizada em Interlagos (SP), em que o aluno tem a oportunidade de aprender, além do português, alemão, inglês e espanhol.

O Colégio integra em seu projeto educacional a aproximação e o encontro multicultural e multilíngue, enriquecendo a formação de seus alunos e acolhendo famílias de diversas nacionalidades. Há duas matrizes curriculares no Colégio Humboldt: em uma, a maior parte do conteúdo é em alemão – a maioria dos alunos são filhos de alemães expatriados, residentes no Brasil por um tempo determinado. Na outra, é o contrário, a maior parte dos componentes curriculares é em português, e os estudantes, filhos de pais brasileiros. Os alunos podem migrar de uma matriz para a outra, dependendo do nível de proficiência.

Os estudantes do Colégio Humboldt também podem se formar fluentes em português, inglês e em espanhol e fazer os exames de certificações nas línguas estrangeiras, como em alemão (DSD – Deutsches Sprachdiplom), inglês (Cambridge), espanhol (DELE) e em língua portuguesa para não-brasileiros.

Quanto mais cedo, mais fluência

Quando a criança pequena é exposta a uma língua, ela aprende sem se dar conta e assimila o novo conteúdo linguístico como “quase uma segunda língua materna”. Ainda, há facilidade em aprender um terceiro idioma: o cérebro sabe que existem dois significantes para um significado. Sabe que, para um mesmo objeto, existem duas palavras diferentes, cada uma representando um idioma.

Quanto mais cedo o aluno for exposto a um segundo idioma, maior será a chance de adquirir fluência e, posteriormente, de aprender outras línguas. O estudo “Bilingual Brains”, da Universidade de Stanford, na Califórnia, demonstra que, por estimular a neuroplasticidade constantemente, crianças bilíngues têm maior habilidade de bloquear distrações, manter a atenção e priorizar, analisar, focar e organizar as informações. “Até os 5 anos, o desenvolvimento linguístico está em plena formação, independentemente da língua com a qual tenha mais contato”, afirma Tânia Lindemann, Vice-Diretora pedagógica do Colégio Humboldt. “Quanto mais cedo for o contato com outro idioma, mais natural será este processo, pois ele passa a ser quase que intuitivo, uma vez que está sendo adquirido de forma lúdica e prazerosa”, completa.

Abrindo portas para o futuro

Há inúmeros benefícios ao aprender um segundo idioma: comunicar-se, vivenciar outra cultura, ter um diferencial no futuro, dentre outros. O alemão, por exemplo, pode abrir portas para a vida profissional e é uma das dez línguas mais faladas do mundo. Por outro lado, a presença da Alemanha é forte no Brasil: a cidade de São Paulo tem a maior concentração de filiais de empresas e indústrias alemãs.

“Observamos também que o aperfeiçoamento do trabalho com este idioma ao longo dos anos escolares amplia as chances reais de sucesso na carreira desses jovens”, avalia Tânia.

A língua alemã qualifica o jovem para a dupla certificação Abitur – em que os estudantes se formam no Ensino Médio brasileiro e alemão, modalidade de ingresso que abre portas para universidades no exterior e para algumas particulares brasileiras e para realizar o Studienkolleg, curso preparatório de seis meses a um ano na Alemanha, para a graduação naquele país.