A TRUMPF Brasil foi escolhida pela Randon Implementos para desenvolver, conjuntamente com a diretoria da empresa, o projeto de implantação do conceito de “Indústria 4.0” na unidade de estamparia de Caxias de Sul. A Randon Implementos é a maior fabricante de reboques e semirreboques na América Latina e uma das maiores do mundo. A inauguração da nova estamparia ocorreu no dia 28 de janeiro. Esse é o primeiro projeto completo de Manufatura Avançada das Américas e um dos mais complexos realizados pela TRUMPF no mundo.
O projeto de inovação trouxe recursos de alta tecnologia à produção, fazendo com que a Randon dispare na frente e melhore sua competitividade no mercado. Para se ter uma ideia, a média anterior de produção de implementos chegava a 100 por dia; hoje, após os avanços tecnológicos inseridos na fábrica, é possível fabricar 130 produtos no mesmo período, com redução de quase 50% do espaço físico.
O novo armazém comporta 815 posições de estocagem e mais 17 estações de processamento, com uma capacidade de trabalho que chega a 280 toneladas por dia. O projeto levou cerca de 2 anos e, até o momento, o investimento está próximo de R$ 30 milhões.
A TRUMPF Brasil participou do projeto desde o início. Do alinhamento de escopo, definição de alternativas, análise de custos e estudos de produtividade, até a instalação das novas máquinas e soluções tecnológicas e o treinamento dos operadores, tudo foi feito pela TRUMPF Brasil, com apoio de especialistas alemães e americanos, em algumas fases.
De acordo com João C. Visetti, CEO da TRUMPF Brasil, o projeto é altamente inovador. “Diretamente do SAP, o time da Randon consegue interagir com os nossos softwares, programação, supervisão, manutenção corretiva e preditiva das máquinas, e os dados de produção em tempo real, como tempo, custos, consumo de material e sucata, retornam ao sistema. Além disso, também é possível monitorar o estoque, tempo de programação, carga de máquina, disponibilidade de máquina etc. Estas informações, além de vitais para a programação da produção, fornecem a transparência necessária para melhoria dos processos e fluxo”, explica.
Mudanças realizadas
O novo sistema reduziu o número de máquinas de 51 para 28, que operam com média superior a 85% de eficiência. Nesse sistema, foram acopladas quatro novas máquinas de corte a laser com fibra ótica, com previsão de incluir mais uma ou duas até o final de 2020.
O warehouse comporta material para cerca de uma semana de produção. A montagem modular permite crescer ainda mais, conforme a necessidade. O sistema oferece municiamento de dados, monitoramento em tempo real, gerenciamento de estoque e integração entre as máquinas. “A Randon Implementos passa, assim, a trabalhar com uma fábrica mais inteligente, mais eficiente, com fluxo otimizado e maior possibilidade de ampliação”, comenta Sandro Trentin, diretor de Inovação e Tecnologia da Randon Implementos.
Um dos processos da TRUMPF também adquiridos pela Randon, o Highspeed Eco, torna as máquinas mais econômicas e garante uma redução dos custos operacionais durante o corte a laser. Com o uso desta tecnologia, combinada com o inovador e revolucionário laser da Trudisk, dependendo do material, a redução de gás de corte e energia elétrica pode chegar a 70%. Isso significa maior produção com um menor número de máquinas e baixo impacto ambiental, principais motivos que levaram a Randon a tomar a decisão de modernização de sua estamparia, segundo Trentin.
Mesmo diante de tantos processos que aumentam a produtividade e diminuem a necessidade de trabalhadores em chão de fábrica, a Randon está se preparando para manter os postos de trabalho. Segundo Trentin, o que muda, agora, é que as pessoas passarão a executar tarefas mais nobres, com maior qualificação, maior produtividade e muito menores riscos. “Todo o treinamento interno já foi cumprido e a equipe está pronta para trabalhar com o novo sistema. Queremos fazer mais com o mesmo time. Sem perder ninguém. Este é o objetivo”, diz.
Para o CEO da TRUMPF Brasil, foi uma surpresa muito grata a forma como a Randon enxergou e se engajou nesse projeto. “Foi uma demonstração de pioneirismo, espírito empreendedor e coragem de inovar, que inicia um novo capítulo na história da indústria no Brasil”, celebra Visetti.