O boom de investimentos e o crescimento econômico do Brasil estão impactando também o setor imobiliário de alto padrão. As perspectivas positivas para setores como infraestrutura, automobilístico e de energia atraem cada vez mais empresas estrangeiras interessadas em ingressar ou expandir seus negócios no mercado brasileiro, trazendo consigo executivos internacionais.
Para a consultoria imobiliária Anglo Americana, especializada no atendimento a empresas multinacionais e executivos estrangeiros, o aumento da procura vem sendo percebido desde 2007, mas foi no ano passado que atingiu, na cidade de São Paulo, o seu nível mais alto. O crescimento na procura desse público por locação e venda foi de 25% e 30%, respectivamente. Segundo a gerente de negócios da empresa, Silvia Makansi, a busca por imóveis entre os expatriados de origem alemã cresceu entre 18% a 20%.
Perfil
O perfil dos clientes, afirma Silvia, é de executivos cujas empresas atuam no País. Em geral, vêm acompanhados pelas suas famílias e optam por viver em casas de condomínios, com área verde, segurança e espaço de lazer. Mesmo entre os que preferem morar em prédios, o lazer é considerado um ponto importante no momento da escolha. O preço médio pago pelo aluguel de uma casa com essas características e com quatro dormitórios varia entre R$ 8 mil a R$ 15 mil mensais.
Para os que possuem filhos, o imóvel nem sempre precisa estar localizado próximo ao local de trabalho. “Eles priorizam a questão da escola dos filhos”, comenta. Bairros como Morumbi, Alto da Boa Vista e Jardim Lusitânia, na Zona Sul de São Paulo, estão entre os mais procurados. Já os solteiros, preferem morar nos arredores do Parque do Ibirapuera e nos Jardins.
Documentação
Quando o executivo trabalha para uma empresa que pode atuar como fiadora e presta assessoria ao expatriado, alugar ou comprar um imóvel se torna fácil e rápido. Nesses casos, o tempo entre a proposta e a finalização da documentação fica em torno de 15 dias. Mas quando a empresa não pode oferecer garantia locatícia, é preciso buscar outra alternativa, como seguro fiança ou carta de fiança bancária, explica Silvia.
Além disso, o expatriado precisa providenciar documentos obrigatórios como o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE).
