Economia alemã voltará a crescer em 2013


A crise da dívida europeia e a conjuntura mundial fraca prejudicaram o desempenho econômico da Alemanha no segundo semestre do ano. No entanto, em 2013, o PIB (Produto Interno Bruto) voltará a crescer mais fortemente. Esse é o prognóstico do instituto de pesquisa econômica DIW-Berlin, em estudo divulgado nesta terça-feira (02). De acordo com as estimativas dos seus pesquisadores, a taxa de crescimento alemã deve subir para 1,6% no ano que vem, enquanto que nesse ano ficará em apenas 0,9%.



“A produção e as novas encomendas enfraqueceram, e a situação no mercado de trabalho também ficou um pouco ‘turva’”, afirma o chefe de conjuntura do DIW, Ferdinand Fichtner. “O grande risco para a economia dependente de exportações da Alemanha continua sendo a crise do euro, cuja escalada em meio às intervenções do Banco Central Europeu é pouco provável, mas que, em hipótese alguma, está inteiramente terminada”, completa.



Crise no Sul da Europa prejudicou as exportações alemãs



Segundo o estudo, a redução do crescimento econômico está ligada, sobretudo, à demanda em queda de produtos alemães por parte dos países em crise da zona do euro, embora também no resto do mundo a procura esteja, por ora, fraca. “Principalmente nos países emergentes e nos Estados Unidos, a conjuntura se enfraquece visivelmente. Na China e no Brasil, em especial, os governos reagem com políticas monetárias expansivas e pacotes de combate ao enfraquecimento. Nós acreditamos, por isso, que a conjuntura vai novamente melhorar na passagem do ano, e isso terá efeitos positivos sobre as exportações alemãs”, ressalta Fichtner.



Em função da crise, as empresas contiveram os investimentos em máquinas e equipamentos, posição que deve se alterar pouco, por enquanto. “As condições de financiamento vantajosas não conseguiram alcançar seu propósito. Isso se deve a uma grande incerteza quanto às perspectivas de vendas”, diz o especialista em Alemanha do DIW Simon Junker.



No entanto, os pesquisadores do instituto acreditam que na passagem do ano, com a melhoria da conjuntura mundial e o consequente impulso adicional de demanda externa, o ambiente de financiamentos deve se fortalecer e estimular os investimentos.

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