Ministro contesta estudo sobre desindustrialização

Um documento produzido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) que confirma a existência de um processo de desindustrialização no Brasil vem causando controvérsias no governo. Produzido por técnicos do próprio ministério, sob o título “Desindustrialização, reprimarização e contas externas”, o estudo indica que a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 30,1% em 2004 para 25,4% em 2009, pois o segmento teria avançado mais lentamente do que os demais setores.


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, no entanto, negou recentemente essa hipótese, em um evento promovido pela Câmara Brasil-Alemanha. “Eu não concordo com essa tese de desindustrialização, que teria sido levantada devido à perda de competitividade de alguns setores da economia”, afirmou na ocasião.


Em resposta ao documento, o MDIC divulgou, na tarde desta quarta-feira (17), um comunicado afirmando que “o estudo é apenas um, dentre dezenas de outros produzidos, rotineiramente, pelo corpo técnico do ministério” e que ele “expressa, unicamente, a opinião de seus autores”.


Ainda segundo a nota, ele não reflete a opinião do secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, e do ministro Miguel Jorge, para quem “a indústria brasileira continua sólida e diversificada, passa por um excelente momento em termos de expansão de investimentos e de geração de empregos e mantém competitividade em vários setores”.

Câmara Brasil-Alemanha
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