O debate da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as taxas alfandegárias para a importação de bananas na Europa durou mais de 20 anos e desestabilizou o clima para a produção e o comércio nos países afetados. Em dezembro de 2009, após longas negociações, foi alcançada, em Genebra, uma solução estável para o interesse de todos os envolvidos. De acordo com a decisão, a União Europeia irá reduzir suas tarifas de importação em oito etapas, dos atuais € 176 por tonelada para € 114 por tonelada em 2017.
A primeira diminuição da taxa pela UE (para € 148 por tonelado) será realizada após a assinatura do contrato por todas as partes envolvidas. Em contrapartida, os países latino-americanos não exigirão mais nenhum corte durante a próxima Rodada de Doha e revogarão todas as disputas com a União Europeia na OMC.
Os Estados Unidos também assinaram um acordo com a UE reconhecendo as obrigações dessa com os fornecedores latino-americanos, e liquidando de uma vez por todas suas disputas com a Europa. As taxas serão reduzidas no início de cada ano durante sete anos, com início previsto em 1° de janeiro de 2011. Caso os membros da OMC não definam novas negociações sobre agricultura na Rodada de Doha até 2013, a UE poderá congelar as tarifas alfandegárias por até dois anos.
Consumo e importação
Os consumidores europeus compraram em 2008 mais de 5,4 milhões de toneladas de bananas. Desse total, 89% é importado pela União Europeia. Chipre, França (incluindo Guadalupe e Martinica), Grécia, Portugal (incluindo a Ilha da Madeira) e Espanha (incluindo Ilhas Canárias) são as cinco nações europeias responsáveis pela produção dos 11% restante de bananas consumidas no continente.
Em cada país, o consumo varia, mas entre os alemães as bananas entre as frutas frescas favoritas, perdendo apenas para a maça.