Uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half entre abril e maio deste ano mostra que a experiência profissional é o primeiro item analisado em um currículo, antes mesmo das qualificações profissionais e das habilidades técnicas. O levantamento ouviu aproximadamente 2,5 mil executivos de dez países e constatou que, no Brasil, 36% dos executivos das áreas de Finanças e Recursos Humanos observam em primeiro lugar a experiência anterior dos candidatos.
Conforme Ricardo Bevilacqua, diretor da Robert Half para a América Latina, isso é um reflexo da aceleração econômica, que exige velocidade nas contratações e diminui o tempo de treinamento dos profissionais. “De dez anos para cá, a experiência profissional passou a valer mais do que o potencial. As empresas precisam de profissionais que já venham prontos”, explica.
Diferente do Brasil, na Alemanha as qualificações profissionais e as habilidades técnicas são mais importantes do que a experiência anterior, mostra a pesquisa.
Na rede
Informações negativas ou fotos inadequadas em perfis de redes sociais, como LinkedIn e Facebook, também podem influenciar na avaliação de um candidato, mesmo que ele seja qualificado, diz o estudo.
No Brasil, 46% dos entrevistados afirmaram que sempre levam esse aspecto em consideração na avaliação do candidato. Na Alemanha, esse índice é de 21%, abaixo da média total (24%).
Quando perguntados sobre o principal critério na definição de um profissional de alto potencial, os executivos brasileiros pesquisados citaram, em primeiro lugar, lealdade e dedicação (26%) e, em seguida, habilidades técnicas (22%). Na média total dos países analisados, lealdade e dedicação aparecem na terceira posição. Na Alemanha essa característica vem em segundo lugar, atrás de habilidades técnicas.