No ano fiscal 2018/2019, encerrado em 30 de setembro do último ano, a thyssenkrupp registrou crescimento acima da média de mercado em todas as áreas de negócio no Brasil, com aumento de lucro por dois anos consecutivos. Estes resultados se devem ao retorno dos investimentos recentes em fábricas de componentes automotivos, ao aumento nas exportações na área de elevadores e nos negócios automotivos, à recuperação dos mercados industriais e de mineração e ao crescimento geral em serviços.
O faturamento consolidado na América do Sul ficou estável em relação ao ano fiscal anterior, com vendas de €1,1 bilhão. O forte crescimento em todas as áreas de negócio da empresa no Brasil foi determinante para aumentar sua participação na região e equilibrar os resultados na América do Sul, compensando a redução nos demais países, influenciada pela finalização de grandes projetos industriais.
“As exportações representaram cerca de 20% do nosso faturamento no Brasil. A thyssenkrupp é uma das principais empresas alemãs em faturamento operando no País e a América do Sul é um mercado importante. Nos últimos anos, apostamos na diversificação para ampliar os negócios no País: trouxemos tecnologias para coqueria – que já vêm sendo aplicadas para uma usina siderúrgica da ArcelorMittal em Tubarão (ES) –, plantas de fertilizantes, e sistemas de direção elétrica, nos quais a thyssenkrupp é líder mundial. Além disso, investimentos em automação e em indústria 4.0 contribuem para nossa competitividade no mercado global”, destaca Paulo Alvarenga, CEO da thyssenkrupp para a região.
No ano fiscal 2018/2019, os investimentos em plantas industriais começaram a gerar bons resultados. A nova linha de sistemas de direção automotiva no Paraná obteve três novos contratos com montadoras com potencial de triplicar a sua produção nos próximos dois anos e expectativa de completar o investimento de R$ 50 milhões na planta até 2021. A fábrica de Minas Gerais, que funciona 100% com tecnologias digitais da Indústria 4.0, ampliou a linha de usinagem de tubos de eixo de comando de válvulas.
“Na região, alcançamos um nível avançado de eficiência operacional e produtividade com base em lean management e investimentos em automação e Indústria 4.0, posicionando a thyssenkrupp para atender clientes locais e competir no mercado global. Além disso, começamos a ver uma recuperação na produção de veículos com expectativas de crescimento de 2%, em 2019 e em 2020”, explica Alvarenga.
O faturamento da unidade de elevadores registrou crescimento impulsionado, principalmente, pelas exportações e novos projetos de infraestrutura, bem como pelo lançamento de soluções digitais e pelo crescimento da área de serviços. “Estamos começando a ver o aumento da demanda da construção civil. O estoque de unidades está diminuindo e notamos crescimento no lançamento de novos empreendimentos”, afirma Paulo Alvarenga.
Em 2019, a thyssenkrupp lançou no Brasil o MAX, solução de manutenção preditiva digital que utiliza sensores, IoT, computação em nuvem e inteligência artificial para o diagnóstico e a resolução de problemas técnicos nos elevadores, aumentando significativamente a disponibilidade dos equipamentos. Há planos de lançar a tecnologia em outros países, além de estendê-la a outros produtos, como, escadas rolantes e pontes de embarque.
Continua se destacando como uma das fornecedoras líderes em obras de infraestrutura aeroportuária. A empresa participou da ampliação dos aeroportos de Florianópolis/SC e Salvador/BA com a instalação de pontes de embarque, elevadores e escadas rolantes para garantir a mobilidade e conforto dos passageiros.
Os negócios industriais no Brasil tiveram o crescimento – com novos pedidos – impulsionado, principalmente, por novos contratos no setor de mineração no Norte do País. O foco crescente no negócio de serviços industriais para aumentar a eficiência do cliente, além do recente centro de serviços que começou a operar no ano passado em Parauapebas (PA), foram as principais alavancas para o aumento do volume de negócios em serviços.
Iniciou 2019 com projetos importantes na área industrial, como o contrato de fornecimento da nova bateria de coque composta por 49 fornos da ArcelorMittal, no modelo de serviços EPC (Engineering, Procurement and Contruction), integrando tecnologias ambientais de ponta para a redução máxima de emissões.
“Vimos, claramente, uma forte recuperação dos investimentos no setor de mineração, à medida que outros segmentos industriais, como as fábricas de produtos químicos, continuam aumentando”, relata Alvarenga.