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Ao contrário da demanda européia, que sofreu forte redução no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações brasileiras de celulose para a China apresentaram crescimento significativo no primeiro semestre deste ano, segundo informações do relatório semestral da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). O volume de exportação para o país asiático passou de 638 mil toneladas, de janeiro a junho de 2008, para 1,4 milhão de toneladas no mesmo período de 2009, o que representa um incremento de 118%.
Já a receita dessas exportações cresceu 42%, elevando-se de US$ 358 milhões para US$ 511 milhões. Com os novos valores, a China passa a absorver 34% do mercado externo da celulose brasileira, ante 37% da Europa, que era líder absoluta em 2008. Devido ao grande impacto da crise econômica no velho continente, a receita das vendas da commodity brasileira caiu 38% em relação ao primeiro semestre do ano passado, passando de US$ 909 milhões para US$ 559 milhões. As vendas para América Latina, América do Norte e Ásia/Oceania também sofreram forte redução: 37,5%, 19% e 22,9%, respectivamente. Para Elizabeth de Carvalhaes, Presidente Executiva da Bracelpa, até o fim do ano a China vai ser absolutamente o principal destino da celulose brasileira.
Alemanha – Apesar da queda generalizada para a Europa, as vendas do produto para a Alemanha apresentaram um crescimento de quase 15% no primeiro semestre deste ano ante 2008. De US$ 31,39 milhões no primeiro semestre de 2008, as exportações passaram a US$ 46,26 milhões em 2009. Segundo o Diretor de negociações setoriais da Bracelpa, Francisco Saliba, esse aumento deve-se a peculiaridades da negociação com o país e não reflete a conjuntura econômica do momento.
“É uma situação diferente do crescimento para a China, que dá para ser apontado como conseqüência da falta de matérias primas para atender à produção de papel. Os chineses adquiriram máquinas gigantes que requerem celulose de alta qualidade, a qual não encontram por lá. Não é um quadro particular de negociação”, explica Saliba. Esse déficit de matéria prima chinesa se sustenta ainda que o país seja o terceiro maior produtor mundial de celulose.