Bem longe, no início da pista do Aeroporto de Allgäu, no Estado da Baviera, na Alemanha, encontra-se o falcoeiro John Mang. Em seus braços, preparado para entrar em ação, mas ainda com uma capa de couro sobre os olhos, “Gaya”, pequeno falcão de caça, de três anos de idade.
Ligeiramente à esquerda de Mang, é possível observar um Airbus A320 pronto para a decolagem. Caso o falcooeiro note a presença de aves, como corvos, Gaya entrará em ação, na velocidade de um relâmpago, sinalizando ao piloto a ameaça.
Há cinco anos, não é mais possível pensar no funcionamento do aeroporto, o menor e o situado em mais alta atitude da Baviera, sem os falcões. O que começou para espantar um grande número de corvos que ameaçavam aterrissagens e decolagens em Allgäu, hoje tornou-se uma ferramenta a mais de segurança. “Em um voo, o falcão é capaz de alcançar uma velocidade de 300 quilômetros por hora. Com apenas três sobrevoos ele é capaz de assustar e afastar centenas de pássaros”, explica o falcooeiro.
Desde que a experiência começou a ser realizada, o número de choques entre aves e aeronaves diminuiu drasticamente. Todavia, os poucos casos que foram registrados foram todos sem maiores consequências.