O Instituto Leibniz de Pesquisa Econômica da Universidade de Munique (ifo Institut, na nomenclatura alemã) divulgou nesta sexta-feira (14) um estudo que aponta os estados preferidos pelos imigrantes de países vizinhos como destino final na Alemanha. A maioria, segundo o resultado, se estabelece nas regiões próximas à sua terra natal.
Dinamarqueses têm como principal destino os estados de Hamburgo e Schleswig-Holstein, ao norte. Na vastidão do oeste, holandeses se mudam, geralmente, para a Renânia do Norte Vestfália e Baixa-Saxônia, belgas vão para a Renânia do Norte Vestália e Renânia-Palatinado, luxemburgueses preferem a Renânia-Palatinado e Sarre, e esse último estado, ao lado da Renânia-Palatinado e Baden-Wüttenberg, recebe a maioria dos imigrantes franceses. No sul, os suíços migram preferencialmente para Baden-Wüttenberg, e os austríacos, para a Bavária.
Dos nove países que fazem fronteira com a Alemanha, apenas um tem imigrantes preferindo estados distantes: a Polônia. Os poloneses costumam se fixar na região do Rio Reno, maior polo industrial alemão no extremo oeste, e nas proximidades de Frankfurt. A explicação dada pelo estudo é de que o leste alemão é pouco atrativo. A República Tcheca, que faz fronteira tanto com o leste, quanto com o sul da Alemanha, tem mais imigrantes em direção à Baviera (sul) do que à Saxônia (leste).
As capitais e principais metrópoles, como Berlim, Munique e Frankfurt, desempenham um papel diferenciado no cenário da imigração. Essas cidades registram a chegada de imigrantes de todas as regiões, independentemente de suas nacionalidades. “A diferença entre os estados alemães do leste e do oeste e a posição de destaque das metrópoles permitem concluir que medidas para conseguir mão-de-obra para o futuro devem ser adotadas”, afirma Robert Leh-mann, especialista do ifo Institut.