Série Conheça os nossos Conselheiros: Lourdes Manzanares

Foto: Divulgação / AHK Paraná.

Desde 2014, a executiva Lourdes Manzanares, diretora da Interprint do Brasil, ocupa uma das cadeiras do Conselho da AHK Paraná. No entanto, os laços com a Alemanha foram iniciados muitos anos antes, na Espanha, seu país de origem.  “Comecei a trabalhar, se a minha memória não falha, em 1996, em uma empresa alemã numa cidade bem pequenininha, próxima de Barcelona, no mesmo ramo de negócio onde estou hoje”, conta.

A partir daí, a trajetória profissional de Lourdes passou a ter sotaque e modus operandi alemão. A executiva, que há 23 anos empresta a sua expertise para instituições de origem germânica, 14 deles só na Interprint, veio para o Brasil, após anos morando na Alemanha, com a seguinte missão: iniciar as operações da empresa na América Latina. “A AHK foi fundamental para entendermos as questões de instalação, de política de trabalho, de impostos, jurídicas. Eu tive a sorte de ter esse acompanhamento, foi uma fonte inestimável, imprescindível”, afirma.

Mais tarde, já como Conselheira da entidade, a executiva vivenciou dentro do grupo, diversos momentos marcantes. “Para mim, pessoalmente, tem sido bem importante. Lembremos que no final de 2014 entramos numa crise expressiva no país.  Como integrantes do Conselho, conseguimos compartilhar experiências, vivências de diferentes empresas, de métodos e ações que iam ser tomadas e conseguimos, desta forma, passar para o mercado brasileiro e também da Alemanha uma série de mensagens sobre a realidade do que estava acontecendo aqui”.

Sobre seus colegas Conselheiros, representantes das mais diversas empresas de capital alemão da região e do país, Lourdes afirma: “certamente temos todos um perfil bem diverso, trabalhamos em empresas diferentes, também em áreas diferentes, mas temos uma coisa muito importante, um vínculo que une todos nós com os negócios e a cultura alemã”.

Para a executiva, a AHK Paraná é um ponto de troca de experiências, não apenas entre os seus membros, mas também entre outras empresas europeias e latino americanas. “A Câmara atua como um hub cultural, de informações para o fomento de negócios tanto aqui como lá na Alemanha. É ainda um hub de informações jurídicas, financeiras, fiscais  e também um canal, um ponto de encontro para novas empresas.  A AHK possibilita a ponte entre os dois países; para o Paraná é uma instituição indispensável, visto que os nossos negócios representam uma carga muito importante para o PIB do país, com um dos polos industriais mais importantes”.

Perspectivas para o mercado Brasil-Alemanha

“Neste momento de Covid-19 é impossível dar uma visão sobre o mercado da Alemanha ou o mercado global. O coronavírus vai ter consequências muito grandes para a economia. O que podemos dizer para o Brasil, não como mercado, mas como país, é de enxergar bem como está sendo tratada essa situação na Alemanha, já que é um dos países que apresenta muitos casos, mas com taxa de mortalidade mais baixa e com regras de confinamento para a população um pouco mais flexíveis que os outros países da Europa que estão sofrendo mais. Nesse sentido, acho que a Alemanha pode ser um excelente exemplo, não só econômico, mas também sanitário –  nesse momento  esse é o critério mais importante, relevante em como as economias globais vão se comportar”, afirma.

A executiva reitera que o papel da Câmara, de ser protagonista do fomento entre empresas alemãs e brasileiras, principalmente nesse momento crítico mundial, precisa ser mantido. “Temos grandes parcerias com instituições alemãs estatais, governamentais, que vêm aqui para cá para conhecer melhor o país. O Brasil é um país que pode trazer investimentos do exterior. Vamos vencer essa crise sanitária e depois teremos que colaborar muito para vencer juntos essa crise econômica e social que teremos pela frente”, finaliza.