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De acordo com a pesquisa semestral da KPMG, o setor de instituições financeiras apresentou, no primeiro semestre deste ano, um aumento de 97,36% em fusões e aquisições. A indústria apontou 75 operações de janeiro a junho, enquanto no mesmo período do ano passado, foram concretizadas 38 operações.
No acumulado do primeiro semestre deste ano, o setor que mais realizou operações de fusões e aquisições foi o de tecnologia da informação (274). Instituições financeiras aparecem em segundo lugar, com 75, ultrapassando o terceiro lugar – empresas de internet (46) – pela primeira vez em 14 anos. Para fechar o ranking dos cinco primeiros, serviços para empresas, com 24, e alimentos, bebidas e fumo, com 22.
Segundo Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, a atividade de fusões e aquisições destes setores foi realizada por vários fundos que participaram de rodadas de investimentos no início de 2025. “Eles aproveitaram a realização das rodadas de investimentos das startups, no início do ano, para aportar em setores que são fundamentais para a automatização de processos, aumento de eficiência operacional e redução de custos das empresas, como TI e companhia de internet”, destaca.
Com relação ao tipo de operação realizada no setor, das 75 concretizadas no primeiro semestre deste ano, 43 foram domésticas, ou seja, realizadas entre empresas brasileiras; 25 envolveram investidores não brasileiras adquirindo capital de companhia estabelecida no país (tipo CB1); 6 foram de transações de brasileira adquirindo, de estrangeiros, outra estabelecida no exterior (CB2) e mais 1 negociação de brasileira adquirindo, de estrangeiros, empresa estabelecida no Brasil (CB3).
Brasil: queda de 5% e maior participação estrangeira
As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Esse número representa uma queda de quase cerca de 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios. O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações contra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimento aconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%).
“De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaram o número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”, avalia Coimbra.