Segundo o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis), o Registro Central de Estrangeiros do país (AZR, na sigla em alemão) marcou a entrada de mais de 7,2 milhões de estrangeiros ao final do ano de 2012. Em relação ao índice de entradas do ano anterior, o número obteve um aumento de aproximadamente 282.800 pessoas (crescimento de 4,1%).
Esse aumento – o maior desde 1993 – supera claramente a taxa do ano anterior (2,1%). Isso é resultante da combinação de três fatores: um ganho em migrações (diferença entre entradas e saídas) de 394.900 pessoas, um excedente de nascimentos (relação entre nascidos e mortos) no montante de 2.800 pessoas, e, por outro lado, um declínio de 114.900 pessoas registradas que, devido sua naturalização, foram excluídas do registro.
A grande maioria dos estrangeiros (80%) registrados na AZR vem de países membros da União Europeia. Aumentou, em especial, o número de imigrantes dos países que aderiram à UE desde 2004,– em 15,5 % comparado ao ano de 2011. Esse crescimento foi protagonizado principalmente pelos oito países da Europa Central e Oriental aos quais a Almanha concedeu a livre circulação de trabalhadores, notadamente a Polônia (13,6 %) e a Hungria (29,8%). Além desses, o número de imigrantes da Romênia e Bulgária – ambos membros da UE desde 2007 – aumentaram em 28,8% e 26,5%, respectivamente, bem como dos países do Mediterrâneo mais afetados pela crise do euro, com destaque para a Grécia (5,1%) e a Espanha (9,1%).
Apenas 20% dos imigrantes registrados pelo AZR descendem de países não membros da UE. Essa fatia específica aumentou em 56.600 pessoas no ano de 2012 (+1,3% em relação a 2011); no ano anterior, a adição foi de 21.400 pessoas. Os principais países que impulsionaram esse crescimento foram a Síria, a China, a Índia e a Federação Russa. Já o número de imigrantes turcos registrados na Alemanha no ano de 2012, assim como no ano anterior, caiu 2,0%, devido, em sua maioria, ao aumento de naturalizações.